Quinta-feira, 4 de Outubro de 2007
Ao meu avô, meu pai, meu amigo!

Querido avô!

 

Nunca tive oportunidade em vida de te agradecer o quanto me ensinaste!

 

Lembro-me dos dias frios que tomavas conta de mim! Mal chegava a tua casa enfiava-me na vossa cama e aí sentia-me protegido.

 

A avó levantava-se cedo para preparar as coisas para o seu dia-a-dia enquanto nós permaneciamos no calor da cama.

 

Mais tarde iamos para a oficina onde, aí sim, me ensinas-te a ser, a pensar e a agir no homem que tento ser hoje! Saíamos de lá com as mãos imundas, no entanto, eu regozijava-me com as expressões da avó "Estives-te a trabalhar com o teu avô". ao qual eu na minha inocência acenava com a cabeça.

 

À noite, enquanto esperavamos a chegada dos meus pais para o fim de mais um dia, passeavamos pelo corredor sob ordens de tropas com a finalidade de aquecer os pés.

 

Lembro-me dos campeonatos que faziamos ao comer a sopa.

 

Sei que estas aí em cima com o meu pai a olhar por e para mim (pelo menos é o que dizem às crianças) e desde já te peço desculpa se alguma vez te desiludi ou te deixei ficar mal em alguma atitude que por impulso vos desiludi.

 

Quem te conheceu, diz que ao ver-me trabalhar, te está a ver! "Parece o Sr. Gama", "Parece o paisinho!" expressões nas quais eu me glorio e encho o peito de satisfação!

 

Da ultima vez que te visitei, já sem vida, lembrei-me de tudo isto, o que me deu uma vontade enorme de chorar.

 

Porque? Porque é que tinha que ser assim?

 

Obrigado meu avô, meu pai, meu amigo! Até sempre!



publicado por Daywalker às 23:50
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